O Amazônia 1, primeiro satélite de sensoriamento 100% brasileiro, pode estar girando fora de controle no espaço, de acordo com medições realizadas por rastreadores de satélite dos Estados Unidos e da Itália. A informação é do jornalista Salvador Nogueira, do Mensageiro Sideral.

As aferições foram feitas em duas passagens diferentes separadas por cerca de sete horas uma da outra, onde foram determinadas irregularidades de sinal denominadas como captações intermitentes.

Amazonia-1 pass on S-Band. Looks to be tumbling… maybe not so good for X-band pic.twitter.com/FFLhvXeEAZ

— 𝙐𝙎𝘼 𝙎𝙖𝙩𝙘𝙤𝙢 (@usa_satcom) March 2, 2021

O primeiro alerta foi feito na manhã desta terça-feira (2) por meio do Twitter do grupo USA Satcom, que alertou que a passagem do Amazônia 1 na banda S parecia estar capotando, o que poderia não ser bom para a banda X. O que quer dizer que a rotação poderia dificultar a captação de sinal.

“Isso significa que pode ter um problema com o controle de atitude do satélite”, afirma o astrônomo Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital. “O controle de atitude é o sistema que mantém o satélite “orientado” no espaço, apontando na direção correta”, completa.

Problema não é irreversível

Até o momento, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável pelo Amazônia 1, não se pronunciou sobre o fato, assim como a Agência Espacial Brasileira (AEB). Entretanto, mesmo que o satélite esteja mesmo fora de controle, a situação é reversível.

O INPE pode, por exemplo, enviar comandos para o sistema de atitude na intenção de estabilizar os giroscópios do interior da espaçonave. Mas é necessária a divulgação de informações oficiais para saber exatamente o que houve e quais ações podem ser tomadas para que o satélite esteja 100% funcional.

A principal missão do Amazônia 1 no espaço é monitorar áreas de desmatamento da floresta amazônica. Para isso, ele passa pelo Brasil duas vezes a cada dia e tira fotos do solo em uma qualidade de 64 metros por pixel.

“O tipo de órbita desse satélite é a chamada heliosíncrona. Significa que o trajeto dele é síncrono ao Sol”, explica Zurita. “Ele passa pelo Brasil uma vez no meio do dia e outra no meio da noite. Com isso, é impossível de vê-lo diretamente porque ou ele não está iluminado (noite) ou é de dia”.

Via: Mensageiro Sideral

Fonte: Olhar Digital  


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