A Câmara dos Deputados aprovou uma taxação de 20% sobre compras internacionais abaixo de 50 dólares, atendendo a uma antiga demanda do setor varejista nacional. A medida, que segue agora para o Senado, é parte do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que também visa reduzir o IPI para veículos menos poluentes e incentivar a pesquisa em tecnologias limpas.

A aprovação desta taxação é resultado de um acordo entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto de lei que inclui a nova taxa foi aprovado de forma simbólica na Câmara, sinalizando um consenso entre os parlamentares, embora o assunto tenha gerado polêmica. O novo imposto se somará aos 17% de ICMS já aplicados, totalizando 37% para compras internacionais abaixo de 50 dólares.

Varejistas celebram taxação de compras internacionais

A reação dos varejistas locais foi positiva. Empresas como Lojas Renner, Guararapes e C&A esperam um alívio na concorrência com gigantes estrangeiros como Shein e Shopee, que vinham oferecendo preços muito competitivos devido à isenção fiscal. O Bradesco BBI destacou que, embora a taxação de 20% esteja abaixo dos 60% desejados pelo setor, já representa um avanço significativo.

No mercado de ações, a C&A se destacou com um aumento de 5,25% nas suas ações, enquanto Lojas Renner teve uma alta de 1,21%. Guararapes, no entanto, apresentou uma queda de 2,46%, influenciada por outros fatores econômicos, como a alta das taxas dos DIs.

O banco Genial Investimentos ressaltou que a nova taxação pode reequilibrar o mercado, favorecendo as empresas nacionais que enfrentavam uma competição desleal. A XP Investimentos acrescentou que a chegada da Temu ao Brasil e a possível retração das plataformas chinesas nos EUA podem levar a um aumento de investimentos no mercado brasileiro.

Em resumo, a taxação de 20% sobre compras internacionais abaixo de 50 dólares promete trazer um alívio para o varejo nacional, que há tempos luta por uma competição mais justa com os gigantes do e-commerce internacional. A medida segue para o Senado e, se aprovada, deverá ser sancionada pelo presidente Lula, marcando um novo capítulo no comércio eletrônico brasileiro.


Descubra mais sobre Portal Carapicuíba

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.