São Paulo 18/10/2021 –

Inscrições estão abertas até o dia 19 de outubro. Conexões e investimento de Impacto são o foco do programa que está aliado a um ecossistema global de negócios

Biotecnologia, economia azul, finanças verdes, energias renováveis e mercados de carbono são os temas da 3ª edição do GreenTech América Latina, programa de seleção e desenvolvimento de startups com tecnologias que despoluem ou reduzem a emissão de gases de efeito estufa na região, realizado pela Build From Scratch (BFS), em parceria com a Green Innovation Group A/S. O evento ocorre de 22 a 24 de novembro, mas as inscrições para criadores de soluções já estão abertas e seguem até o dia 15 de outubro.

O Green Innovation Group A / S é uma empresa dinamarquesa com escritórios em Copenhagen e Lisboa, que percebeu a necessidade de cooperação entre municípios, ministérios, fundações, agências e grandes empresas para encontrar alternativas mais sustentáveis para instituições públicas e privadas Além de consultorias específicas para atingir objetivos de emissão de gases de efeito estufa zero, (Net Zero Carbon). Em 2020, participaram da construção do fundo de 3 bilhões de euros promovido pelo governo dinamarquês para investir no tema. Já a BFS foca no financiamento do desenvolvimento sustentável para novos negócios, como startups, pequenas e médias empresas e novos projetos.

O objetivo central do evento é revelar soluções tecnológicas sustentáveis, e que possam trazer impacto sustentável e econômico rápido para outras organizações, negócios, investidores e corporações. Empreendimentos de todo o mundo podem participar cadastrando projetos escaláveis e que tenham potencial de desenvolver a região latino-americana.

O calendário prevê a divulgação dos selecionados pelo júri especializado no dia 22 de outubro, sessões de bootcamp de 25 de outubro a 19 de novembro e o período de apresentação dos pitches, na semana de realização (22 a 24 de novembro).

“Estamos em busca de empresas com tecnologias disruptivas que consigam trazer um impacto sustentável essencial nesse momento e cada vez mais no futuro. Agregado a uma proposta de crescimento, que consiga trazer resultados positivos para os negócios e retorno ao investimento. Estamos pensando na saúde das empresas e, também no bem-estar do planeta, pois são duas preocupações que precisam conviver na mesma atmosfera. A tecnologia trouxe novas oportunidades rentáveis para o contexto de responsabilidade ambiental e possibilita diversos caminhos aos empreendimentos”, destaca Tiago Brasil Rocha, organizador do evento.

As empresas escolhidas terão mentorias preparatórias – “Bootcamp” com os patrocinadores do evento Kearney, Heineken, ESG Risk Guard, Barn Investimentos, Mosimann Horn, Green Bridge Films, Tozzini Freire Advogados. Além de premiações em Inteligência Artificial com o Instituto Federal do Paraná e, em Captação de Recursos Não Reembolsáveis, com a Value Weaver. E, ainda, terão acesso a uma assinatura de 1 ano da Head Energia. As três melhores avaliadas terão direito a um MBA completo em Empreendedorismo e mais dois cursos de curta duração na Brain Business School. Por fim, a multinacional americana Oracle concederá um pacote de USD$3,000,00 em créditos a cada empresa, 70% de desconto nos serviços por 2 anos e o programa de conexões Oracle for Start ups para ajudar os participantes a crescer.

Edições anteriores

Em 2020, durante a 2ª edição do GreenTech América Latina, foram apresentadas 20 soluções de inovação e tecnologia sustentáveis de 9 países diferentes da América Latina e Europa, distribuídas em quatro grandes temas: Mercados de Carbono, Energias Renováveis, Cidades Sustentáveis e New Greentech. A seleção das scale-ups foi feita com 500 startups presentes na América Latina e mais de 6.000 globalmente.

Naquela edição, o primeiro dia teve Mercados de Carbono como tema central, assunto que vem ganhando crescente atenção dos economistas, governo, empreendedores e mídia desde o Acordo de Paris em 2015.

A brasileira Moss, plataforma ambiental de compra e venda de créditos de carbono, e a espanhola Climate Trade, marketplace em blockchain para compensação da pegada de carbono, foram as startups mais bem avaliadas pelo público neste tema.

No polo de cidades sustentáveis, destacaram-se a PolyNatural e a VG Resíduos. A primeira trabalha prolongando a vida das frutas de forma saudável, com revestimento 100% natural, reduzindo o desperdício de alimentos. A segunda é um sistema integrado de gestão de resíduos para garantir a conformidade ambiental.

Sobre energias renováveis estava a solução da CleanClic, plataforma colaborativa para reduzir a conta de luz, conectando imóveis a usinas de energia renovável. Já no tema mercado de carbono, uma das selecionadas, a PlanA, ajuda empresas a medir, reduzir e relatar a pegada de carbono usando ciência e machine learning. Outro tema abordado foi hidrogênio e armazenagem de energia em energy tech.

Inovações e tecnologias verdes em outras áreas também foram destaque, com a Prosumir, turbina que gera energia a partir do desperdício de energia de sistemas produtivos industriais, e a MP Zero, que trabalha em um filtro para estufas a lenha.

Por fim, os organizadores e patrocinadores do evento plantaram 630 árvores em 2020 – uma para cada inscrito – e planejam fazer mais esse ano.

Na edição de 2019, o processo seletivo contou com a participação de mais de 200 iniciativas, foram selecionadas 12 empresas para participar do bootcamp de três dias, na FEA-USP, seguido por um evento de apresentações com especialistas e investidores no CUBO, em São Paulo.

Entre elas, a Green Mining, tecnologia de Logística Reversa Inteligente para recuperar embalagens de forma eficiente, a EcoPanplas, com soluções na reciclagem de embalagens plásticas de óleos lubrificantes e a Biosolvit, que trabalha com absorção de qualquer derivado de petróleo em terra ou no mar.

Também foram selecionadas a GreenPlat que utiliza blockchain para rastrear resíduos, a Cerensa software de gestão e monitoramento de ações e indicadores ESG e a Um Grau e Meio, que utiliza inteligência a serviço da redução das emissões de CO2 originadas por incêndios florestais.

Os critérios para a seleção nesta edição foram negócios já ativos no mercado, com potencial de receita, que despoluem o meio ambiente e reduzem dióxido de carbono (CO2). Participaram iniciativas relacionadas à energia, lixo, água, economia circular, economia azul, etc.